Hoje deixo, para já, os dois primeiro: um padre de Cabo Verde e um homem de Portugal.
Diz o P. José Borja:
Salve, padre
Obrigado pela sua partilha. Tem razão. As formas e a criatividade podem e
devem mudar - de acordo com o texto, mas o essencial deveria ser manifestado
por gestos e cânticos e outras manifestaçóes do rosto da misericordia de Deus.
Este é afinal, o centro daquele encontro e não «o recitar» dos pecados.
O sacramento da confissão ou da reconciliação, de que as pessoas têm
ainda «muito receio» ou a que infelizmente, não atribuem tanta relevância,
porque mal conhecem, deveria ser um espaço de humanizaçáo e da experiència da
misericórdia de Deus. Isto não acontece porque os ministros da confissão nao
têm tempo, evocam ter muita gente para «atender» e acabam não atendendo de
facto, porque a rotina não permite «encontrar-se» com a pessoa e o penitente,s
e clhar, «não se encontra» com o Deus misericordioso que lhe deveria ser
apresentado.
Eu, por exemplo, prefiro «atender» a pessoa num espaço distinto da
Igreja, para evitar a pressao das «filas» de quem mais espera a sua vez de
confessar do que a beleza de encontrar-se com o Deus que a acolhe e perdoa
e ajuda a caminhar.
Neste ano da misericórdia, o Papa tem dado dicas muito importantes de
como transformar o sacramento em encontro e evitar a «pressão» de apenas contar
os pecados.
Afinal, é tempo ainda de fazermos uma pastoral deste belo sacramento de
modo a mostrar o que ele é: um excelente
lugar de revelação do rosto do Pai que acolhe o filho que volta arrependido.
Mais isto do que o habitual tribunal onde cada um leva as suas «acusações» e
mal se apercebe do perdão que se lhe dá (se calhar nem ouve nem entende as
palavras da absolviçáo). Afinal, o filho «pródigo», não disse muita coisa e
o Pai apressou-se a fazer uma festa de acolhimento que causou grande choque ao
irmão mais velho.
Vamos a tempo. O Ano da misericórdia vai chegar ao fim, mas A
MISERICÓRDIA de Deus há de sempre ser revelada ao mundo sedento de um Deus
assim mesmo: pura misericórdia.
para finalizar mesmo: se os cristãos descobrirem este rosto verdadeiro de
Deus (e não a sua caricatura), não haverá muita falsa crise de fé. O que acha?
Padre Zé
Seminário S. José
Cabo Verde
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E diz o José E. Tendeiro:
Pela minha parte, aplauso, aplauso, aplauso.
Posso mandar isto ao teu quase conterrâneo P. Manuel
Fernandes?
Pela tua clarividência um abraço amigo. (José Tendeiro)
Amanhã ou daqui a dias inserirei as outras opiniões/partilhas sobre assunto tão delicado. Mas continuo à espera de mais. Quem preferir aparecer como anónimo pode optar por tal ou utilizar um pseudónimo que eu, obviamente, respeitarei. Mas personalizado é muito mais interessante....